terça-feira, 12 de junho de 2018

SEGURANÇA PÚBLICA É PRIORIDADE, MAS RETIRAR DE PROGRAMAS SOCIAIS E EDUCATIVOS NÃO VALE. É PRECISO FORTALECER A PARCERIA COM O SISTEMA S PARA A INCLUSÃO EDUCATIVA E SOCIAL.


esde o mês passado que tramita no Congresso Nacional anteprojeto de lei elaborado por um grupo de juristas e entregue pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aos presidentes dos dois poderes legislativos. O anteprojeto trata de modificações na legislação penal e processual penal, com o combate à criminalidade organizada e propõe também a criação de novas fontes de recursos para o combate à criminalidade. Entre elas, a destinação de 25% das contribuições arrecadadas pelo Sistema S, como por exemplo, em Sergipe, a Federação de Agricultura, a Fecomércio, a FIES e o Sebrae, que englobam todos os serviços sociais.

O Sistema S em Sergipe realizou um café da manhã, ontem, 11, com empresários e a bancada federal para mostrar a importância dos projetos sociais e educativos e pedir o apoio dos parlamentares para que encontrem outra forma de fortalecer o fundo da segurança pública. Pela agenda corrida esta semana em Brasília, apenas os deputados Laércio Oliveira e o líder do governo Temer, André Moura, compareceram ao evento. Foram passados vídeos dos projetos e programas do Sistema S, que mostram que a contribuição para a educação e para a formação profissional é importante também no combate a criminalidade.

Ao invés de retirar recursos do Sistema S, o governo federal deveria ampliar uma parceria com o setor, para projetos de inserção da educação em comunidades de risco. Na semana passada em um seminário realizado em Aracaju, Jorge Melguizo, jornalista e consultor, mostrou como Medellín, na Colômbia, cidade que ficou conhecida por ser o berço natal de Pablo Escobar, mudou através da parceria do governo com entidades semelhantes a do Sistema S no Brasil, combatendo o tráfico inserindo escolas, bibliotecas, cursos de recreação e preparando a futura geração para uma nova visão. Ou seja, quando a geração antiga do tráfico passou a nova, por conta da inserção e interação com projetos educativos e sociais, já tinha outra mentalidade e não o tráfico como única alternativa.

No café da manhã, o líder do governo, André Moura deixou clara que a posição dele em Brasília e em Sergipe é contra a retirada dos 25% do Sistema S e garantiu fortalecer a lula ao lado de Laércio Oliveira e os outros parlamentares para que se encontre para fortalecer o fundo da segurança pública sem penalizar o sistema S. O certo é que o Sistema S, como por exemplo, o Sebrae, realizam programas e projetos de sucesso graças a uma gestão eficiente. Cada um do Sistema S tem consciência do seu papel de investimento no contexto social e econômico.

Os dirigentes do Sistema S de todo o país devem aproveitar este momento de debate para mostrar não só os programas e projetos atuais, mas propor uma parceria como a que faz hoje Medellín um exemplo de cidade modelo na área educacional bem longe das manchetes da cidade violenta que vivia e respirava o tráfico de drogas.

O governo deve ver o Sistema S não como um concorrente, mas um aliado para reduzir as desigualdades sociais e combater a insegurança através de atividades de educação e de recreação que insiram as crianças e jovens desde cedo para que tenham outro caminho a seguir e não apenas o da violência.

Fonte:  Blog do jornalista Cláudio Nunes

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