Este colunista inicia este comentário enfatizando que mantem o maior respeito e reconhecimento pelo trabalho, tanto dos profissionais da Saúde de Sergipe (médicos, enfermeiros, samuzeiros, auxiliares e tantos outros) quanto por aqueles servidores que respondem pela Pasta no Estado, sejam nos quadros diretivos, de assessoria, além dos comissionados e terceirizados em geral. Faz este reconhecimento, para também ter o direito de criticar o que não concorda na Pasta.
Após o término dos trabalhos dessa segunda-feira (11), e de forma transparente, diga-se de passagem, a Saúde apresentou um quadro “positivo” para o que estamos acostumados nesta triste realidade de enfrentamento ao novo coronavírus (COVID-19): foram confirmados 30 novos casos de infectados pelo vírus no Estado. Um número que chama atenção da opinião pública, apesar de lamentavelmente termos confirmados três novos óbitos.
E quando o titular desta coluna fala que “chama a atenção” é partindo do princípio que, desde a terça-feira (5) passada, de forma oficial, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou exatos 999 casos e, quando estávamos todos temerosos, imaginando o “pico” da contaminação, eis que nessa segunda-feira felizmente as centenas de registros diários “desabaram”! Mas qual a explicação para essa redução assustadora e repentina? Estamos vencendo o vírus ou os testes foram suspensos? Como se justifica?
De forma transparente, este colunista relembra o leitor que no dia 4 de maio foram registrados 45 novos casos de coronavírus em Sergipe; já na terça (5) foram 126; na quarta (6) foram mais 100 casos; na quinta-feira (7) foram 216 e na sexta-feira (8) o “ápice” com 224 registros; no sábado (9) uma “queda” para 150 novos casos, com uma “leve alta” no domingo (10) com 183 confirmações. E diante deste cenário, como explicar apenas 30 casos nessa segunda-feira?
De terça a domingo foram exatos 999 novos casos e nessa segunda apenas 30? Chegamos ao “pico” ou os testes acabaram? Para de testar as pessoas, por quais razões? E o dinheiro federal? Chegou ou não chegou? E quanto chegou? Este colunista nunca foi referência em cálculos, mas essa conta não fecha! A gente liga o noticiário e o Hospital de Campanha da PMA ainda não está funcionando; servidores da Saúde denunciam a falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual)! E o dinheiro?
Não se trata de acusar ou defender, mas em plena pandemia, com uma população dividida entre a saúde e o emprego; com muita gente assustada e temendo sair de casa, a expectativa é que esse “caos” acabe logo, que os recursos públicos sejam bem aplicados e que os serviços atendam a todos, de uma forma plena. Com todo respeito, não se pode querer sempre subestimar as pessoas! É preciso transmitir sempre a verdade, doa em quem doer! Se hoje foram 30, que amanhã não sejam nem 10! E que o vírus vá logo embora! Mas sempre trabalhando com a verdade...
Recomendação
O Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público do estado de Sergipe (MP/SE) enviaram recomendação ao governo do estado em que apontam a necessidade de ampliação da divulgação dos dados sobre a pandemia de covid-19 em Sergipe.
Houve avanço
Embora os Ministérios Públicos reconheçam que o estado avançou no sentido de melhorar a transparência de dados relativos ao enfrentamento da covid-19 nos últimos dias, passando a publicar a quantidade de testes disponíveis, ainda não divulga informações importantes, sendo necessário maior detalhamento.
Mais transparência
Entre os dados apontados, estão a especificação da ocupação dos leitos de UTI e enfermaria por hospital, tanto na rede pública, como privada. Além disso, deve-se dar transparência quanto aos estoques de equipamentos de proteção individual (EPI), insumos e equipamentos hospitalares disponíveis para o enfrentamento da pandemia, com os cronogramas de distribuição periódica às unidades de saúde e os critérios de repartição utilizados.
Fonte: 93 Notícias (Habacuque Villacorte)
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