segunda-feira, 13 de julho de 2020

OPERAÇÃO SERÔDIO DA POLÍCIA FEDERAL E DA CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO PODE SER O "DIVISOR DE ÁGUAS" DA ELEIÇÃO DE ARACAJU.


Este colunista não vai entrar em detalhes sobre a Operação Serôdio desencadeada Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) porque o assunto já foi mais do que propagado. Agora é a partir desta Operação se pode fazer uma “leitura” sobre o aspecto eleitoral: antes da “visita dos homens de preto” estava desenhado um cenário político e agora já temos outro completamente diferente. Não é exagero pontuar que a  investigação vai ser um verdadeiro “divisor de águas” da eleição na capital.

Agora se inicia um longo processo que pode resultar, inclusive, em uma ação criminal proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) contra os envolvidos. Segundo declarações da Procuradora Eunice Dantas, em entrevista à TV Sergipe, no meio da semana, existem indícios de possível fraude de documentação e até de assinaturas. Ela também falou em interceptações telefônicas envolvendo o empresário Téo Santana. É preciso esperar os “desdobramentos” dessa Operação, tem que verificar o que ainda pode acontecer...

O “estrago” foi feito, do ponto de vista político, e é inegável um “abatimento” de algumas pessoas ligadas ao prefeito de Aracaju. Logo Edvaldo que tanto condenou os erros do final da gestão do ex-prefeito João Alves Filho (DEM) e agora vê sua gestão ser alvo de uma Operação deflagrada pela Polícia Federal e CGU. Antes da Serôdio, havia quem apostasse em uma reeleição tranquila do prefeito. A investigação agora em andamento pode colocar em risco todo um projeto político. Convenhamos: por mais legal que seja, não soa bem uma empresa de shows construir hospitais...

A oposição não perdeu tempo e tratou de “apertar” ainda mais a gestão municipal. São vários os pré-candidatos a prefeito de Aracaju, mas todos “alinharam” o discurso crítico contra Edvaldo Nogueira. E com razão: independente da operação e da investigação em curso, também não soa bem o governo federal enviar recursos para Aracaju, a PMA investir mais de R$ 3 milhões na construção de um Hospital de Campanha e não instalar leitos de UTI! A Prefeitura diz que não é sua obrigação! Realmente não é, mas o combate à pandemia deve ser um compromisso assumido por todos!

Diante do desgaste, o governador Belivaldo Chagas (PSD), o ex-governador Jackson Barreto (MDB) e um grupo de políticos aliados, entre deputados estaduais, federais e vereadores assinaram uma nota pública solidários com o prefeito, mas enxergando uma “ação política” da Operação. É difícil imaginar que a PF e a CGU atuaram em Aracaju “politicamente”, mesmo porque estão percorrendo o País nessas investigações. É esperar os desdobramentos, mas com a consciência de que o cenário político na capital, para a eleição que vem aí, já é completamente diferente...

Fonte:  Cinform (Habacuque Villacorte)

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