A Polícia Federal deflagrou nessa quarta-feira (23) a 75ª Fase da Operação Lava Jato, “batizada” como “Operação BOEMAN”. Cerca de 50 policiais federais estão cumprindo 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e em Sergipe. Além disso foram expedidas ordens para bloqueio de valores até o limite dos prejuízos identificados até o momento.
Delação premiada
As medidas, requeridas pelo Ministério Público Federal, são decorrentes do acordo de colaboração premiada de lobistas que atuavam junto a funcionários da PETROBRAS e agentes políticos com influência na estatal, realizado junto ao MPF. Segundo relatos e provas apresentadas por esses colaboradores, teriam sido praticados crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro durante o processo bilionário de contratação pela PETROBRAS do fornecimento de navios lançadores de linha (PLSV).
Informações privilegiadas
Durante a apuração, verificou-se que a um dos investigados coube a obtenção indevida de informações privilegiadas junto a setores técnicos da PETROBRAS para a formulação das propostas vencedoras do certame licitatório. Por outro lado, aos colaboradores recaiu o encargo de garantir, por meio de contatos políticos, que as empresas estrangeiras viessem a ser incluídas no processo competitivo.
Holandeses investigando
Paralelamente às investigações, obtiveram-se, através de cooperação jurídica internacional, informações de que autoridades holandesas também conduziam investigações de fatos que teriam também origem nas ilicitudes perpetradas para o fornecimento dos navios lançadores de linha (PLSV). As empresas estrangeiras vencedoras da licitação, posteriormente, subcontrataram uma companhia holandesa para execução do serviço licitado, a qual era representada por um dos empresários brasileiros investigado, e que, em virtude dos acertos espúrios, também realizou pagamentos ilícitos aos envolvidos.
“Bicho-Papão”
As medidas judiciais cumpridas na presente data buscam, dentre outros objetivos, fazer cessar a atividade delitiva, aprofundar o rastreamento dos recursos de origem criminosa (propina) e a conclusão da investigação policial em todas as suas circunstâncias, inclusive com autorização para compartilhamento dos seus resultados com as autoridades da Holanda. A investigação policial recebeu o nome de OPERAÇÃO BOEMAN, cuja etimologia se refere à criatura mítica da Holanda popularmente conhecida como “bicho-papão”.
Bomba!
Em Sergipe, foram dois mandados de busca e apreensão: um em Aracaju e outro na Barra dos Coqueiros. Um deles nos escritórios da Celse (Centrais Elétricas de Sergipe), mas a empresa não possui nenhuma relação com os fatos investigados. Ela só foi alvo porque um dos investigados é conselheiro dessa empresa e queriam ter acesso aos computadores dele.
A turma se treme...
Quando amanhece para um novo dia e estoura, em Sergipe, qualquer Operação Policial, em especial quando se trata da Polícia Federal, tem uma “turma” por aqui que se “treme” toda! É um desespero sem fim! As pessoas precisam se conscientizar que “os tempos são outros” e que tem muita gente na “mira”, que “brincou durante a pandemia” e que breve pode receber essas “visitas ilustres”. É colocar café no bule...
Fonte: Alô News (Habacuque Villacorte)
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