quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

O SENADOR DO FAÇA O QUE DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE FAÇO.

Enquanto almoça filé mignon ao vinho, o senador sergipano Alessandro Vieira critica Bolsonaro por gastos com alimentação

No mês passado, o senador sergipano Alessandro Vieira (CIDADANIA) apresentou um projeto de lei para proibir o governo federal de adquirir bebidas alcoólicas de todo tipo e alimentos que não integrem a lista da cesta básica definida pelo Poder Executivo. Para justificar a proposição, que altera a de licitações e contratos administrativos, esse importante parlamentar argumentou que o dinheiro da coletividade tem sido usado para a compra de “bens de luxo e iguarias gastronômicas”. “Enquanto as famílias mais pobres sofrem para conseguir adquirir os alimentos que integram uma cesta básica, somos constantemente afrontados pela realização de gastos da Administração Pública que não condizem com a realidade do nosso País”, destaca o projeto.

Porém, o discurso crítico aos gastos do governo Bolsonaro com alimentos – da ordem de R$ 1,8 bilhão, em 2020 -, não corresponde à prática da atuação desse mesmo parlamentar. Escalope de file mignon ao molho de vinho com arroz a piemontese é apenas uma das “iguarias gasrtonômicas” apreciadas por ele, com dinheiro do contribuinte. Para o lanche da tarde, o senador compra “pão de forma guarany integral”, “manteiga itacolomy”, chá e chicletes, sem contar a coca-cola de 310ml que custa doze reais, tudo isso com dinheiro público, a mesma fonte de recurso que custeia o “pintado ao azeite de coentro com legumes”. Mesmo desfrutando dessas “iguarias gastronômicas”, o nosso parlamentar solicitou apuração dos gastos indevidos do Executivo com alimentação. “Em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de despesas é absolutamente preocupante e precisa ser investigado”, disse, enquanto se deliciava com “Saint Peter em Crosta ao Molho Citrico” comprado com dinheiro público. É mole? Nesse caso, vale o que eu digo mas não vale o que eu faço. Com a palavra o senador.  Confira os gastos: 

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/140815

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/140816

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/140141

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/140147

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/140815

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/140817

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/128618

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/130324

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/130771

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/130778 

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/131570 

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/131571 

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/135431 

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/135865 

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/137819 

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/137815 

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/137809 

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/140141 

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/140149 

https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/download/cotas/documento/143143 

FAÇA O QUE EU DIGO I

O uso de dinheiro público para a compra de bens supérfluos, que vão além da qualidade e quantidade necessária, pode ser proibido. É o que determina o PL 18/2021, que veda a aquisição de bebidas alcoólicas de qualquer tipo e que produtos alimentícios devam integrar a lista da cesta básica definida pelo Poder Executivo, “salvo se houver fundamentação expressa que justifique tais aquisições”. O projeto, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania- SE), altera a Lei 8.666, de 1993, que estabelece as normas gerais sobre licitações e contratos administrativos. Para o parlamentar, o dinheiro da coletividade tem sido usado para a compra de “bens de luxo e iguarias gastronômicas”, opostos à austeridade do gasto público. “Enquanto as famílias mais pobres sofrem para conseguir adquirir os alimentos que integram uma cesta básica, somos constantemente afrontados pela realização de gastos da administração pública que não condizem com a realidade do nosso país”, argumenta o senador.

FAÇA O QUE EU DIGO II

De acordo com Alessandro Vieira, o projeto pode garantir que as compras feitas pelo governo sejam destinadas somente à aquisição de bens com qualidade e quantidade estritamente necessárias para cumprir as finalidades às quais se destinam. “Até quando aceitaremos que os agentes públicos usem o dinheiro do contribuinte, gastando milhões de reais, para se fartarem com frutos do mar, vinhos, espumantes, sorvetes, entre outras coisas?”, questiona. Pelas redes sociais, o parlamentar criticou os gastos do governo federal com alimentos, que chegaram no passado a R$ 1,8 bilhão, e incluem vinho, chiclete, leite condensado, pizza e refrigerantes, e foram divulgados em levantamento feito pela imprensa por meio de dados públicos. “Eu e os deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (DEM-RJ) solicitamos ao TCU apuração dos gastos indevidos do Executivo com alimentação. Em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de despesas é absolutamente preocupante e precisa ser investigado”, disse.

Fonte:  Alô News (Ewerton Júnior)

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