quarta-feira, 10 de março de 2021

SEM OUVIR O POVO, SETORES ARTICULAM "LOCKDOWN" E FECHAR ATÉ ESSENCIAIS.


O novo coronavírus (COVID-19) é uma realidade, o vírus ganhou mutações e variantes, está espalhado, UTIs e enfermarias dos hospitais (públicos e privados) estão lotadas, infectando e matando muita gente! Tudo isso é verdade, infelizmente! Mas há ainda outros aspectos que poderiam ser colocados em discussão, mas que estranhamente (ou estrategicamente) estão sendo omitidos da opinião pública. O “outro lado da moeda” revela uma politização nítida, ou seja, tem gente usando a pandemia com interesses diversos, sendo que o menor deles é a saúde dos brasileiros.

A verdade é que existe um momento nacional em andamento no sentido de se decretar, em cada Estado, a partir do próximo domingo (14) uma espécie de “lockdown”, por tempo indeterminado, até que os efeitos da pandemia voltem a ficar estabilizados. O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), por exemplo, já especula fechar até os setores essenciais, como supermercados, mercearias, padarias…isso vai muito além de qualquer medida restritiva, de impor “toque de recolher” em determinados horários e de adotar medidas de isolamento social!

O discurso não é negacionista, mas quem assim o entender, que fique à vontade! Mas medidas como esta, de estabelecer um “fechamento nacional”, inclusive com interesses políticos para confrontar a presidência da República, são graves e podem resultar em consequências danosas, inclusive de colocar em risco a segurança e a soberania nacional. Isso vai ainda mais além da terrível restrição de liberdade e nos coloca num “campo minado”, que inclusive, pode impor uma resposta mais enérgica do governo federal.

Infelizmente essa politização, esses setores tentam esconder por trás de argumentos como “a defesa da vida”, pode gerar ainda mais conflitos sociais, seja com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seja com a própria população que, diga-se de passagem, é a parte mais interessada quando o assunto é “medida restritiva”, mas que continua sem ser ouvida; o povo é deixado de lado, porque as “autoridades democraticamente constituídas” se acham no direito de decidir tudo, inclusive de restringir a liberdade, o emprego e a subsistência.

Enquanto há um conflito apenas com o presidente da República, pode-se dizer que a “paz social” ainda continuará “reinando”. Mas o risco de um “lockdown” no domingo, inclusive fechando serviços essenciais, pode gerar algo muito pior, inclusive com a participação popular, com o povo indo para as ruas. Aí sim estaremos à beira do caos, com desemprego em massa, instituições constituídas pressionadas e o Estado Democrático de Direito ameaçado. O “manual de boa convivência” exige o diálogo acima de tudo! Caso contrário é “apertar os cintos” e rezar, dentro de casa…

Fonte:  Faxaju (coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte)

Nenhum comentário:

Postar um comentário