quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ESCLARECENDO O AUMENTO SALARIAL QUE A PM CONSEGUIU - DE JOSÉ CARLOS.

O ano é 2008. Às vésperas do anúncio do reajuste salarial, nós (PMs) ansiávamos o cumprimento de uma promessa de campanha do então candidato Marcelo Déda: Um aumento salarial digno da profissão que abraçamos. Nos corredores dos quartéis a conversa sempre girava em torno desse assunto, alimentando expectativas e anseios.

O dia aguardado chega. Era uma sexta feira, nono dia do quinto mês do ano de 2008. Todos atentos, aflitos, mas esperançosos. Enfim chega a hora aguardada. Em meio ao anúncio vê-se a atmosfera pesada que toma conta do outrora céu de brigadeiro, que esmaga inclemente os sonhos, desejos e expectativas.

Cinco por cento de aumento linear e dez por cento para a PM. O sonho acabou, expectativas foram frustradas. O governo alegou que faltavam recursos para um aumento maior, que fez o que pôde para nos dar o máximo que podia. Nesse período, ninguém pode acusar a PM de ter sido egoísta, de ter “chutado o pau da barraca”, muito pelo contrário fomos compreensivos; frustrados é verdade, mas compreensivos, pois acreditamos no que o governo nos dissera.

O tempo passa, e eis que descobrimos o que não foi falado para todos: a polícia civil do estado de Sergipe ganhou um aumento “estratosférico”, que chegou a triplicar ou quadruplicar os seus ganhos -nada contra o aumento deles, pois ganham o que todos os policiais deveriam ganhar-. Descobrimos que uma das categorias que mais torceu e acreditava nele (Marcelo Déda) foi traída e enganada em sua boa fé. A revolta tomou conta da tropa. Como pôde ele fazer isso com a gente? Como pode tratar as polícias de forma diferente? Uma (PC) com algo que sempre sonhou, a outra (PM) é para continuar sonhando.

Gente, não há compreensão que sobreviva a isso. Ninguém gosta de ser tratado como um estúpido palhaço. O nosso aumento se deu pela imensa revolta da tropa, do gritante fosso criado entre as duas corporações e ele (o aumento) não foi dado com facilidade e bom gosto, pois tivemos que nos mobilizarmos arduamente. Fomos perseguidos, ultrajados. O governo não nos elogiou pela conduta compreensiva quando do anúncio dos dez por cento, mas quis jogar a sociedade contra o nosso movimento depois que descobrimos o aumento dado à polícia civil. Alguém já ouviu Déda falar do salário de um PC? Mas garanto que todos já ouviram ele falar do salário de um PM.

Para quem duvida do que falo acessem: http://www.agencia.se.gov.br/noticias/leitura/materia:7024

Fonte: Blog do jornalista Cláudio Nunes

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